A humanidade conhece a energia eólica há mais de três milênios.
Inicialmente, as civilizações utilizavam a força dos ventos para movimentar cata-ventos que moíam grãos, bombeavam água e impulsionavam embarcações à vela.
Com o progresso da agricultura, aumentou a demanda por ferramentas que facilitassem as tarefas agrícolas, como a moagem de grãos e o bombeamento de água, antes realizados manualmente ou com a ajuda de animais.
Isso levou ao desenvolvimento dos moinhos de vento primitivos, com eixos verticais acionados por longas hastes. As chamadas panemônias chinesas podiam ajustar a posição das pás de acordo com a direção do vento.
Idade Média e a Energia Eólica
Por volta de 1430, na Europa, surgiram os primeiros moinhos de vento com a função de moer grãos e controlar o excesso de água em áreas alagadas. Os moinhos de bombeamento holandeses eram notáveis, com bases de pedra, torres de madeira e pás com diâmetros de até 30 metros.
Essas máquinas persistiram até o século XII, quando os moinhos de eixo horizontal começaram a ser adotados em países como Inglaterra, França e Holanda. Estes moinhos rapidamente se espalharam pela Europa.
As restrições feudais da Idade Média, na Europa, incluíam leis que proibiam a construção de moinhos de vento pelos camponeses e o plantio de árvores próximo aos moinhos para garantir o “direito ao vento”. Os moinhos tiveram um impacto significativo na economia agrícola europeia por séculos.
Com avanços nas pás e sistemas de controle, os moinhos de vento se tornaram ainda mais eficientes em diversas atividades agrícolas.
Progresso ao Longo dos Anos
Até a invenção da máquina a vapor no século XIX, os moinhos de vento eram as únicas máquinas capazes de fornecer energia mecânica. No final do século XVIII, essas máquinas eram comuns nos campos europeus, mas raros nas Américas.
Na segunda metade do século XIX, nos EUA, as turbinas eólicas foram adaptadas para novas necessidades científicas. Mais de seis milhões de moinhos multi-pás foram fabricados e instalados nos Estados Unidos para bombeamento de água.
Aerogerador para Energia Elétrica
O primeiro aerogerador para geração de energia elétrica foi construído em 1888 por Charles F. Brush em Cleveland, EUA. Esse aerogerador gerava 12kW e carregava baterias para iluminar 350 lâmpadas incandescentes. Este marco combinou avanços em aerodinâmica e tecnologia de moinhos.
Na Europa, por volta de 1890, começou o interesse governamental pelo desenvolvimento da energia eólica como fonte elétrica. Entre 1897 e 1904, foram construídas mais de 70 turbinas, embora ainda desconectadas da rede elétrica.
Evolução da Energia Eólica
A Segunda Guerra Mundial acelerou o desenvolvimento de aerogeradores de médio e grande porte, visando a economia de combustíveis fósseis. Em 1941, nos EUA, foi projetado o maior aerogerador da época, o Smith-Putnam, com 53,3 metros de diâmetro e um gerador síncrono de 1.250 kW conectado à rede elétrica local.
Os avanços continuaram, e na década de 1980, modelos como o AEROGERADOR MOD-5B com 3,2 MW e pás de 100 metros foram desenvolvidos.
A matriz energética brasileira é considerada uma das mais limpas do mundo. Isso porque a base dela é formada por hidrelétricas que são consideradas fonte de energia limpa, sustentável e renovável. Além disso, nos últimos anos o crescimento da geração de energia eólica e solar vem contribuindo para o crescimento da base sustentável da nossa matriz.
Como está atualmente a Energia Eólica?
Hoje, o interesse das companhias elétricas resultou em protótipos com rotores ainda maiores, mostrando significativos avanços na confiabilidade e eficiência dos aerogeradores.